Como surgiu o Dia dos Namorados?
A data mais romântica do ano está a chegar e muitas pessoas já começaram a fazer planos para o Dia dos Namorados, também conhecido como o Dia de São Valetim. Ocupados pensando em como celebrar e no que dar de prenda de Dia dos Namorados, raramente questionamos o motivo de celebrarmos esta data. Isso é uma pena, pois a história é bastante curiosa.
Quem foi São Valentim?
A Igreja Católica reconhece 12 santos pelo nome de São Valentim! Os dois mais conhecidos são Valentino di Terni e Valentino di Roma e a suas histórias se confundem bastante. Para dificultar ainda mais, ambos os santos são celebrados no mesmo dia.
O Dia dos Namorados que celebramos hoje é mais associado ao São Valentim de Terni, mas existem diversas histórias associadas à data, às vezes mencionando São Valentim de Roma.
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A História de São Valentim
A história mais famosa começa com um filósofo grego chamado Cratão. Ele estava desesperado em busca de uma cura para o seu filho, que sofria de uma debilitante doença que o impedia de mover sequer um músculo. Nem os maiores médicos foram capazes de ajudar e Cratão já não sabia mais o que fazer. Um dia, ficou sabendo sobre um bispo de Terni chamado Valentim que teria curado outra pessoa com a mesma enfermidade. Chamou, então, Valentim à Roma e ofereceu-o riquezas para curar o seu filho. Porém, ao bispo somente interessava uma coisa: em troca da cura do jovem, Cratão deveria converter-se ao Cristianismo.
Não devemos esquecer que Cratão era um filósofo e, assim, fez à Valentim várias perguntas teológicas até finalmente aceitar a proposta. Valentim rezou sobre o jovem durante uma noite inteira e, no dia seguinte, o filho de Cratão estava curado. O jovem, que antes não podia nem mover a língua, correu para abraçar o pai.
Diante do milagre, toda a família foi convertida. E mais, Cratão acabou influenciando os seus alunos a se converterem também. Isso irritou, e muito, o senado, que decidiu aprisionar e executar Valetim em Roma. Os seus restos mortais teriam sido enterrados na via Flamina, até que três alunos de Cratão os teriam levado de volta à Terni.
Outra história diz que o Imperador Claudius II teria ficado intrigado com a força da fé de um padre romano chamado Valentim. Por isso, deixou-o sob a guarda de um membro da nobreza que tinha como missão argumentar com Valentim até acabar com a sua fé. Esse nobre tinha uma filha que não podia enxergar e Valentim curou a cegueira da jovem com a reza. Isso fez com que toda a família se convertesse. Pouco depois, Valentim enfureceu o Imperador ao tentar convertê-lo também. Assim, foi condenado à morte e enterrado na via Flamina.
Releituras mais românticas da história contam que, do cárcere e à espera de sua execução, o padre Valentim teria escrito uma carta à filha do nobre, assinando-a “do seu Valentim”.
Como podes perceber, as duas histórias são muito semelhantes. Por isso, muitos acreditam que, na verdade, estes dois São Valentins teriam sido a mesma pessoa!
Além destes dois relatos, existe também uma lenda mais romântica que surgiu na Idade Média. Nesta história, o Imperador proibiu a prática do casamento, pois acreditava que homens solteiros seriam soldados melhores. Valentim teria realizado cerimônias de casamento secretas e, descoberto, foi sentenciado à morte. Na prisão, teria se apaixonado pela filha de um dos guardas. A jovem era cega e Valentim teria restaurado a sua visão. Neste relato, a tal carta assinada “do seu Valentim” teria sido para ela.
Por que celebramos o Dia de São Valentim?
Existe muita confusão sobre a identidade e história de São Valentim. A versão mais romântica da história é justamente a versão com menos embasamento histórico. Então, por qual motivo celebramos a data?
A celebração foi instituída pelo Papa Gelásio I no século V, coincidindo com uma antiga celebração pagã de chamada Lupercalia. Esta celebração durava três dias (de 13 até 15 de fevereiro) e incluía diversos rituais de purificação envolvendo nudez e sacrifícios de animais. Apesar de pagã, era celebrada por muitos cristão na época. O Papa era contra a celebração, mas não existem indícios de que ele tenha de fato a banido. Mesmo assim, a prática foi perdendo relevância e acabou sendo deixada de lado.
A nova celebração foi difundida pela Europa cristã durante a Idade Média pela Ordem Beneditina, que mantinha a igreja de São Valentim em Terni. A difusão da lenda mencionada acima e os ideais de amor cortês contribuíram muito para a perceção moderna e romântica sobre o Dia de São Valentim.
Mas o mais importante é aproveitar o Dia dos Namorados com quem amas!